quinta-feira, 27 de março de 2014

Cuidado com partes de histórias ou com exemplos que parecem fazer sentido...

Graça, Paz e Alegria!

Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web.

1 Timóteo 1.3-7

3 Como te roguei, quando partia para a Macedônia, que ficasse em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinassem doutrina diversa,
4 nem se preocupassem com fábulas ou genealogias intermináveis, pois que produzem antes discussões que edificação para com Deus, que se funda na fé.
5 Mas o fim desta admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida;
6 das quais coisas alguns se desviaram e se entregaram a discursos vãos,
7 querendo ser doutores da lei, embora não entendam nem o que dizem nem o que com tanta confiança afirmam.

Paulo deixa claro no presente texto que quando ele partia para a Macedônia, sugeriu que Timóteo ficasse em Éfeso, por conta da necessidade de advertir alguns que não ficassem misturando os assuntos na hora de pregar a mensagem do Evangelho. Além dessa possível mistura, com doutrinas diversas, era para advertir aos de Éfeso que não se preocupassem com fábulas, histórias ou estórias, exemplos ou ilustrações, e entendemos que neste aspecto, tais possibilidades estariam ligadas ao aspecto histórico de fato, contando vantagens por ligações genealógicas, buscando autoridade no passado familiar, ou até mesmo usando personagens do passado histórico de Israel nessas possibilidades fábulas, histórias ou estórias, exemplos ou ilustrações, tentando fazer com que as mesmas ganhassem mais autoridade, além da questão emocional mais afetada por se tratarem possivelmente de "histórias" do povo.

O que era para pregar era o amor, que vem de um coração puro, de uma boa consciência. Além de uma fé verdadeira, não fingida, de aparência ou apenas a utilização do aspecto da fé para falar do que se tem mais interesse. Paulo deixa claro que alguns se desviaram disso, fazendo discursos vãos. Acredito que os discursos vãos aqui são sem sentido, sem profundidade, sem elo histórico de fato, ainda que para quem fala, pareça ter total integridade de entendimento! Mas o discurso avaliado sem o aspecto do "eu vejo assim" era vão, sem sentido, sem ligação com a Mensagem do Evangelho, mesmo que parecesse ter ligação! Esses que assim falavam, tentavam parecer mais sábios e entendidos, para "oprimir" o pensamento dos outros, tentando fazer o outro aceitar seu ponto de vista, mesmo que nem sentido fizesse, pois para si fazia. Paulo mesmo deixa claro que nem mesmo os que tais coisas falavam entendiam o que falavam com tanta confiança de que era certo.

Gostaria de pensar nessa passagem, observado o que temos em nossos dias. É muito diferente disso? Quer no meio cristão (o "estar na visão"), quer na sociedade ao defender as peculiaridades de cada grupo que faz parte do todo dessa sociedade, no pensar político e em tantas coisas, não acontece exatamente a mesma coisa? Não há pessoas que se apresentam como grandes conhecedores do seu assunto, repetem discursos de outros, buscam a legitimidade de autoridade em outras pessoas do passado, e falam, falam, falam..., muitas vezes sem explicar nada? Para elas faz todo sentido, mas nem esse sentido elas conseguem apresentar em seus argumentos!

Mais uma vez precisamos agir como Timóteo e "ficar em Éfeso para a devida advertência". O que quero dizer com isso? Não podemos fugir da apresentação da verdade. Mesmo que não aceitem o que temos para apresentar. Paulo não disse que Timóteo deveria fazer até que todos aceitassem. Disse que ele tinha que fazer. O Espírito Santo é que dará o devido crescimento na Obra de fato. Precisamos, pessoalmente, tomar cuidado com essas histórias ou exemplos que parecem fazer sentido, para que não caminhemos, na verdade, na direção do mesmo erro! É necessário que estejamos dispostos e disponíveis para falar a Verdade do Evangelho. E deixar o Espírito operar, alertando do erro e do engano, mesmo que achem que não é bem assim, pois no meio disso alguns poderão sim entender a Verdade que liberta. Não podemos descuidar do aspecto social, pois na sociedade estamos inseridos, logo é preciso buscar a verdade da história em detrimento das muitas fábulas que são contadas. Mas a nossa principal preocupação deve ser com a Verdade que liberta. No que passar pelo crivo do social, não podemos fugir dessa responsabilidade, pois cuidamos de órfãos e viúvas na sociedade e se ela for mais cuidadosa com as necessidades das pessoas, será mais adequada a nossa mensagem mesmo! Só que nossa principal tarefa é anunciar a Verdade que liberta, até mesmo de algumas "verdades" (que não são de fato) que aparecem mesmo dentro do arraial evangélico...

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

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