quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Provações acontecem por falta de fé?

Graça, Paz e Alegria!

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Tiago 1.2-4

2 Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações,
3 sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança;
4 e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.

Muitos ainda seguem o caminho dos "amigos de Jó" e ficam tentando encontrar erro ou pecado quando alguém passa por tribulação. Ou ainda, que falta fé para que a pessoa possa experimentar o melhor que vem do Senhor e sair da provação.

Parece que é mais fácil pregar que aquele que segue ao Senhor adequadamente passa a ter "tudo de bom". Parece que dá mais Ibope, que a pregação terá mais aceitação. Se diante das coisas do mundo passamos por dificuldades, precisa pregar que o Senhor nos levra dessas dificuldades! Mas... é possível sim ser seguidor autêntico do Senhor e passar por dificuldades, mesmo com muita fé e sem viver no pecado! E mesmo assim, viver o verdadeiro livramento da parte do Senhor!

Pois é... é possível sim passar por provações seguindo a vontade do Senhor. E ainda devemos ter grande alegria por passar por isso! Quando as dificuldades se apresentam, a nossa fé pode ser aprovada, quando mantemos o nosso foco nas coisas do Senhor em vez de dar mais atenção para as dificuldades. E quando a fé é aprovada, perseveramos na vontade do Senhor, deixando de sentir falta de muitas coisas, passando a entender que o Senhor sempre nos permite o melhor, mesmo no meio da dificuldade!

Haverá testemunho, se perseveramos. No mundo, disse Jesus, temos aflições. O que devemos ter é bom ânimo, pois Ele venceu o mundo! A nossa disposição é diferente da dificuldade. As pessoas sem o Senhor, podem desanimar mais facilmente... Aqueles que estão com o Senhor, sabem que Ele mesmo nos dá força para enfrentar e nos permite o sustento durante esse tempo da dificuldade. E nos prepara para dar o testemunho. Esse testemunho não deve ser dado apenas quando a dificuldade for resolvida, mas mesmo durante a dificuldade, com cada momento que o Senhor age em nosso viver!


Que possamos nos alegrar no Senhor, qualquer que seja nossa situação. E que nas dificuldades, possamos notar e testemunhar o "maná" do Senhor!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Testemunho do Espírito (14) - Conclusão

Graça, Paz e Alegria!

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A liberdade do Espírito visa também o que é do outro, sem contar que ela destrói as obras da carne, e deixa de lado essa necessidade de aparência, de querer mostrar algo para o outro ou de querer que o outro mostre algo apenas por prática (ou achar que a prática revela o que realmente vem do coração e não é algo apenas de aparência), de querer ser aceito por atitudes, pois a aceitação passa apenas por aceitar o Senhor e deixar o que é errado (não necessariamente ficar fazendo coisas tidas como certas apenas para que os outros vejam e achem que há testemunho, mas deixar o que é errado), e não apenas na busca do que aparece para os outros. Uma vez vivendo a liberdade do Espírito, podemos amar ao próximo como a nós mesmos, realizando exatamente com o outro aquilo que gostaríamos que fosse realizado conosco: não julgamos por atitudes, mas aceitamos por conta da busca da vontade do Senhor, que vai além de praticar atos que parecem certos aos olhos das pessoas.

A “liberdade” estava sendo usada como pretexto para condutas abusivas e contrárias ao amor ao próximo. Vemos a lista de obras da carne em Gálatas 5.19-21. Divisões e contendas encobriam a unidade interna pela ausência do amor. Isso leva quem pratica tais obras a um fim certo: 5.21b.
O amor cristão tem que ser uma realidade na vida em comunidade. Como pode este se expressar? Vemos ver a lista do fruto do Espírito em Gálatas 5.22-23a. Ressaltamos que a Bíblia traz essa lista de atitudes do fruto do Espírito (no singular). Mas não são várias posturas e atitudes? Sim. Na realidade, todas as atitudes dessa relação mencionada por Paulo devem acompanhar o cristão como um todo. Por isso são todas um fruto. São várias partes do mesmo fruto. Imagine uma mexerica: na realidade, ela é uma fruta com várias partes (os gomos). Cada atitude é um gomo. Mas a fruta só é completa quando temos toda a mexerica. Podemos ter várias das atitudes da lista mencionada, mas só teremos o fruto do Espírito quando deixarmos de selecionar aquilo que queremos viver e deixarmos de lado o que não queremos. Só assim teremos o Espírito em nossa vida na plenitude.

Vemos que o Fruto do Espírito não se preocupa com “usos e costumes”, formas de se fazer alguma coisa e afins. A preocupação é com uma forma de viver, para além das coisas que se possa fazer e que parecem certas. Vai muito mais além do que se faz para manifestar tais atos: é algo que permeia a vida do cristão, independente da observação de atitudes tidas como certas ou erradas. Não é um “não faz isso” ou “faz aquilo”, que poucos notam, mas que retoma a questão da Lei Mosaica, mas é algo que permeia a reação do cristão em cada uma de suas atitudes no dia a dia.

Quando agimos dessa forma, mortificamos as obras da carne, as quais a lei condena, vivendo dentro do fruto do Espírito, contra o qual a lei não se pronuncia contra, antes incentiva.

A igreja hoje, como comunidade que se reúne em torno do Evangelho de Cristo, é chamada a viver de maneira diferente a liberdade, que atualmente é “pregada” com objetivos que levam a relações de poder injustas e opressoras através do próprio modo de viver. E mais: a igreja, além de viver de acordo com os princípios de Cristo, pautada pelo Espírito, é chamada a denunciar a sociedade em seus erros. Como poderemos ir contra os erros dos que são de fora da igreja se nós mesmos, que dizemos ser contra a práticas de privação da liberdade dos outros, dizendo viver o “amar uns aos outros…”, não praticarmos isso em nossa vida pessoal e comunitária? Denunciar uma forma de vida que é contrária ao que entendemos como melhor não é impedir o outro de viver daquela forma, se ele quiser. Mas nós não podemos deixar de anunciar como vemos as coisas. Ambos devem se permitir a liberdade: aquele que vive algo diferente do que pregamos, deve nos assegurar a liberdade de pregação e nós, mesmo pregando “contra” alguma atitude, devemos entender que a pessoa tem o direito de fazer aquilo se ela quiser, mas sem nos impedir de pregar e viver o que queremos. Assim, se respeita a liberdade na sociedade, tal tal aconteceu com Jesus e o Jovem Rico (ler Mateus 19.16-30): a ele foi anunciado o que deveria fazer e ele não aceitou fazer aquilo. Tem que poder anunciar e cada um aceita ou não, e ainda assim, se respeita a decisão de cada um.

A liberdade cristã é limitada pelo amor, e este limite tem como consequência o viver o fruto do Espírito - verdadeira liberdade Cristã. A carne, por sua vez, representa o egoísmo presente na essência do ser humano, que vai contra o fruto do Espírito e seus desdobramentos. A liberdade no mundo atual exclui e divide; a verdadeira liberdade cristã inclui amorosamente todos os seres humanos, e anuncia a possibilidade de viver as coisas de acordo com a vontade do Senhor, deixando a pessoa livre para isso, pronto a acolher, quer a pessoa queira mudar a atitude de vida ou não: não excluímos; antes, acolhemos. A pessoa decide se quer continuar seguindo ou não (o mesmo que aconteceu com o Jovem Rico: a ele foi anunciado o que ele deveria fazer; não foi dito que se ele não fizesse o que foi anunciado, ele teria que se afastar - ele se afastou por conta própria). 


Com isso, a Igreja é desafiada a viver internamente uma liberdade que promova partilha, dignidade, comunhão... bem como denunciar além dos seus limites a liberdade contemporânea que marginaliza (deixa à margem) e oprime.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Comentário Devocional do Livro de Eclesiastes (1.4-11)

Graça, Paz e Alegria!

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Eclesiastes 1.4-11

4 Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre.
5 O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce.
6 O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos.
7 Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr.
8 Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
9 O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol.
10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já existiu nos séculos que foram antes de nós.
11 Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas.

Mais uma vez, entendo que o autor do texto quer deixar claro que não tem nada novo. Tudo que acontece, já aconteceu e vai continuar acontecendo. Se a esperança do ser humano for em cima das coisas do mundo, do que acontece... simplesmente vai continuar acontecendo... não há o que esperar de fato quando a esperança está nas coisas que acontecem no mundo.


Assim, se o que temos como "esperança" é o que vivemos "na carne", tudo o que vivemos é vaidade, esperança vã, que pode nem se confirmar. Não haverá nada novo... gerações passam e nada muda... Esse, para nós, é o ponto central de Eclesiastes: se olhamos apenas para estes dias que vivemos, tudo o que fazemos é vaidade, não há nada de novo. Sem outra esperança, não há outra observação: tudo é vaidade. Mas nós temos sim outra esperança, no Senhor! E esse é o novo que podemos esperar!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Testemunho do Espírito (13)

Graça, Paz e Alegria!

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Como entendemos isso?

Giavini (GIAVINI,G. Gálatas liberdade e lei da Igreja, p.86) afirma que a intenção de Paulo não é oferecer uma lista fechada das obras da carne ou do fruto do espírito, como se fosse um manual de moral, ele apenas deseja oferecer uma orientação disposta de maneiras a aperfeiçoar a atividade na igreja. 

Segundo Paulo aquele que está debaixo da lei é escravo dela, tendo que cumprir todos os requisitos dela, pois infligindo um ponto, fere toda a lei. O nosso texto trata a respeito de uma forma de liberdade. Podemos observar que o termo liberdade serviu a diversas conotações ao longo da história. Liberdade política, religiosa, ideológica, sexual. Liberdade contra a escravidão, opressão e do direito de se expressar e de viver...

Atualmente, um significado liberal tem lugar em nossa forma de viver, mesmo que não tenhamos consciência disso. Os meios de comunicação são fortes em querer demonstrar que tudo é lícito, tudo pode ser feito. Ou melhor: tudo deve ser feito de acordo com o que você quer e que pensar em aspectos religiosos é algo até quase que proibido, pois o discurso atual diz que nem todos seguem isso, logo não se deve argumentar com base nisso. Não há necessidade de se pensar no outro. 

A liberdade se torna o direito de prejudicar os outros em prol de um individualismo grosseiro, exagerado. A “liberdade” foi colocada como pretexto para o egoísmo, para atitudes que justificam um individualismo que oprime e destrói a liberdade do outro. Logo, este tipo de liberdade se constrói a partir do roubo e da destruição da liberdade do outro. Isso é bem diferente do “ama o teu próximo como a ti mesmo…”.

Dentro da situação da comunidade dos Gálatas, pudemos ver a pluralidade de aspectos religiosos que compunham a comunidade em questão, pois havia os judaizantes e os que entendiam que os gentios tinham posição diferenciada nessa questão da observação da Lei. Esse texto em particular, trata de um problema na comunidade em que a liberdade das obras da carne contrastava com a liberdade do fruto do Espírito, gerando divisões, querelas e a desunião da comunidade. A carne tanto caminha para a questão do pecado, como para a questão da simples aparência diante das pessoas, uma obra para ser vista, e que pode der tida como um desempenho correto diante da Lei, mesmo que no coração não haja uma verdadeira devoção. A liberdade das obras da carne (tanto do pecado, como da busca pela mera aparência diante do que as pessoas podem ver e “julgar”), caracteriza-se em aspectos que visam apenas o bem-estar pessoal, em detrimento do bem-estar do próximo. São atitudes que estão presentes na vida de quem não conhece a Cristo e sua proposta para vida humana: Vida, e vida em abundância (João 10.10). Busca apenas a aceitação do grupo, a aparência de que faz as mesmas coisas, e até parecer espiritual, quando o coração não está de fato convertido, é algo apenas de aparência.


Permitindo o Senhor, encerramos o assunto em outra mensagem.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

domingo, 10 de agosto de 2014

A gravidez de um pai

Graça, Paz e Alegria!

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Letícia Thompson
Do site: http://www.belasmensagens.com.br

A gravidez de um pai não se dá nas entranhas, mas fora delas.

Ela se dá primeiro no coração, onde o sentimento de paternidade é gerado. Um desejo de ser e de se ver prolongado em outra vida, que seja parte de si mesmo, mas com vida própria. Imagino que deve ser frustrante a princípio. Durante toda a espera, um pai é um pai sem experimentar o gosto de ser, sem os inconvenientes de uma gravidez, mas também sem as lindas emoções que tanto mexem com a gente.

E quando ele sente pela primeira vez a vida que ajudou a gerar, tudo toma outra forma. Ele sente um chute e se diz já que este será um grande jogador de futebol. E muitas vezes se surpreende e se maravilha quando vê uma princesinha que sabe chutar tão bem. Mas tanto faz. Está ali um sonho que se torna palpável.

E um parto de um pai se dá quando ele pega pela primeira vez sua criança nos braços, quando ele se vê em características naquele serzinho tão miudinho que nem se dá conta ainda que veio ao mundo e que se tornou o mundo de alguém. E os sentimentos e emoções se atropelam dentro dele. E ele sente que, a partir desse instante, a vida nunca mais será a mesma. E ele precisa olhar dez, cem, mil vezes para acreditar que tudo não passa de um sonho. E geralmente há um enorme sentimento de orgulho que toma posse dele.


Assim se forma um pai. Pronto para ensinar tudo o que aprendeu da vida, um dia ele descobre que não sabe realmente muito, que na verdade aprende a cada instante. Diante da sua criança ele se torna um adulto vulnerável e acessível. E vai gerando, pouquinho a pouquinho, dentro de si mesmo, a arte de se tornar um pai.

Beijos e Abraços!
Em Cristo,
Marcos Vinícius

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ÁGUA REFRESCANTE - CORAÇÃO - FONTES DE BÊNÇÃOS Jo 4.14

Graça, Paz e Alegria!

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Do livro: Coletânea de Ilustrações - Pr. Natanael de Barros Almeida, Edições Vida Nova
Katherine Bevis (Texas, E.U.A.)

Num dia de verão, certo viajante vagava à procura de descanso e prazer, perto da foz de um grande rio. Chegando a hora que a maré estava baixa, ele viu uma esplêndida fonte de água cristalina, fresca e pura jorrando das rochas. Duas vezes ao dia a água salgada subia acima daquela linda fonte de água fresca, cobrindo-a totalmente. Mas quando a maré esgotava as suas forças e se retirava para as profundezas do oceano, da fonte brotava a água pura e cristalina novamente.


Se o coração do homem for realmente uma fonte do amor de Cristo, ele há de fazer brotar do seu interior a água pura e cristalina, mesmo por entre as ondas da política, dos negócios e das atividades mais variadas. É possível que a maré da vida, com seus interesses, tente suplantar e engolfar a fonte, mas o mundo esgotará as suas forças e aqueles que trazem em seu coração a presença do Espírito Santo serão sempre vitoriosos. Reaparecerão com mãos puras, corações limpos, manifestando a mente de Cristo, com a consciência livre de ofensa a Deus e aos homens.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Testemunhemos e confiemos na Graça

Graça, Paz e Alegria!

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Hebreus 12.1-3

1 Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta,
2 fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus.
3 Considerai, pois, aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas.

O começo desse texto nos remete ao capítulo anterior, que fala de tantos que testemunharam a fé no Senhor. E o "ponto alto" agora é pensar que devemos nos inspirar com tais testemunhos e mais: olhar para Jesus e deixar o embaraço, o pecado que nos rodeia de perto, e corramos com a devida perseverança a carreira que está proposta a cada um de nós.

Não devemos nos preocupar com o exagero que se tem em conta a questão do pecado. Não precisamos carregar a culpa, pois Jesus nos lava desse pecado. Precisamos ter perseverança para fugir de novas apresentações do pecado. E mesmo fugindo, por nos rodear tão de perto, o pecado pode se fazer presente mais uma vez e nós.

Como diria Paulo, "o bem que quero, não faço, mas o mal que aborreço, esse está sempre diante de mim" - Romanos 7.19. Ou como nos revela João: "Filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis, mas se todavia isso acontecer, temos advogado no Céu" - 1 João 2.1.

Quer dizer: devemos fugir do pecado sim, mas caso ele se apresente em nossa vida mais uma vez, busquemos o perdão, confiados na Graça e continuemos lutando contra o pecado. Mesmo confiados na Graça (conhecendo as coisas que nos foram escritas para que não venhamos a pecar), isso ainda pode acontecer. E como não existe "pecadinho ou pecadão" diante do Senhor (entre os humanos se faz uma escala, mas diante do Senhor, pecado é pecado), qualquer coisa que nos afaste do caminho do Senhor deve ser evitada, mas se acontecer, devemos sim novamente nos arrepender e buscar o perdão no Senhor, independente do que outros possam dizer. A Bíblia nos revela que podemos confiar no Senhor, então, fujamos do pecado, mas se acontecer novamente, confiemos no perdão, buscando arrependidos e mais lutando para deixar e não praticar novamente.

Com essa confiança do perdão e da Graça, nos apresentamos diante do Senhor para, capacitados por Ele, buscando conhecimento, discernimento e unção do Alto, passarmos a testemunhar a verdade do Evangelho diante das pessoas. Esse deve ser o nosso foco: indo por onde quer que seja, testemunharmos a mensagem do Senhor, deixar claro que podemos confiar na Graça, que precisamos do Senhor e Ele mesmo nos ofereceu o caminho para que possamos ter Dele sempre o melhor.


Confiando em Jesus e na Graça que nos é ofertada, que anunciemos a Mensagem de Salvação em Cristo, buscando fugir do pecado e, caso aconteça, rapidamente ajustarmos o caminho novamente na direção da vontade do Senhor, com arrependimento e confiança, para que possamos continuar testemunhando essa mensagem de Salvação que vem da Cruz onde Jesus derramou o seu sangue para nos purificar!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Testemunho do Espírito (12)

Graça, Paz e Alegria!

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Graça X Lei

Paulo apela para que os Gálatas olhem para sua própria experiência, pois eles haviam recebido o Espírito Santo pela pregação da fé e não pelas obras da carne. Chama de “insensatos que, tendo começado no Espírito, estavam agora se aperfeiçoando na carne” (Gálatas 3.3). Nesse caso, “carne” não era apenas a questão do pecado, mas a preocupação com a aparência, com o que é visto diante das pessoas. Os judaizantes afirmavam que para se fazer parte do reino messiânico que fora dado a Abraão era necessário obedecer a lei e praticar a circuncisão – atos físicos, de aparência, para todos poderem ver e testemunhar. 

Mas Paulo se contrapõe aos judaizantes, declarando que Abraão foi justificado não por causa da lei, mas porque creu em Deus e vai além afirmando: “que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gálatas 3.7). 

Paulo afirma também em Gl 3.10-14:

10 Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.11 É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus, porque: O justo viverá da fé;
12 ora, a lei não é da fé, mas: O que fizer estas coisas, por elas viverá.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
14 para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espírito.

Segundo Paulo, a lei serviu para ensinar que por nossos esforços nada conseguiremos, e que a graça de Deus, em Jesus Cristo, é imprescindível para sermos justificados por Deus. Portanto, a lei só deveria vigorar (no que diz respeito ao viver corretamente para conquistar a salvação) até que Cristo viesse. Depois disso, era questão histórica, com observação apenas de alguns dos aspectos (os que não trouxessem prejuízo para a vida debaixo da Graça) e para afirmar a Nação Judaica, e não mais uma busca pela salvação, pois essa é dada em Jesus, por Graça.

Kümmel registra que:

"Para Paulo, que antes fora judeu, a lei é o poder que impõe aos homens a vontade de Deus. Por isso Paulo considera todo o tempo até a vinda de Cristo como o tempo da lei (Gl 3.23). No entanto, o cristão Paulo foi levado a reconhecer que a lei mantém o homem numa prisão, desperta nele paixões pecaminosas ou o induz a auto justificar-se perante Deus. Em ambos os casos, transforma-o em escravo que tem de servir aos elementos do mundo (Gl 3.23; 4.3-5.9)" - Kümmel,W.G. Síntese Teológica do Novo Testamento, p.217.
Os judaizantes apresentam prova a partir das escrituras, dizendo que os cristãos-gentios deviam observar a lei (que Jesus deixa claro que não veio revogar, mas cumprir e em toda a história do Antigo Testamento se tem entendimento que a Lei é que permite a salvação, por obediência ao desejo do Senhor), mas Paulo mostra claramente que para os cristãos não há necessidade da observância da lei e da circuncisão, pois o que liberta o cristão é a sua fé em Jesus Cristo; caso se deixassem circuncidar, além de terem de observar toda a lei (5.3), estariam de certa forma dizendo que Cristo nada fez por eles (5.2), e que a liberdade que Cristo traz é claramente incompatível com o jugo da escravidão (5.1), trazido pela lei, nessa interpretação de Paulo no tocante ao aspecto de Salvação, não no que diz respeito à história ou ao nacionalismo judeu. 

A liberdade pregada por Paulo não consentia ao cristão(ã) ser libertino(a), mas que servissem as demais pessoas em amor (5.13).


Permitindo o Senhor, retomamos o assunto em outra mensagem.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Comentário Devocional do Livro de Eclesiastes (1.1-3)

Graça, Paz e Alegria!

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Eclesiastes 1.1-3

1 Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
2 Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
3 Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?

Como já comentamos, entendemos que esse pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém, é mesmo Salomão. Entendemos que partes do livro podem sim ter outra autoria, mas com a devida "licença" do "mundo antigo", no que diz respeito aos "direitos autorais". Quem escreveu além de Salomão, não se preocupou em ter o seu crédito, pois escreveu não com base em sua ideia, mas na ideia do autor do texto mesmo. Isso acontece, em nossa opinião, no livro de Daniel, por exemplo, onde encontramos uma parte biográfica, que o autor refere-se a Daniel na terceira pessoa do singular (primeira parte) e depois, na parte onde encontramos as visões de Daniel, o autor refere-se a si na primeira pessoa do singular. Alguém pode ter compilado o livro, acrescentado dados, mas mesmo assim, deixou a autoria para quem era o principal escritor do texto.

Então, para facilitar ao escrever as mensagens, trataremos o autor como Salomão mesmo. Fica apenas a observação que a ideia seria dele, mas pode ser (como pode "não ser") que tenhamos textos de outro autor que "terminou" de escrever a obra.

Salomão, então, começa o livro dando o tom para a sua interpretação: a observação do autor tem como base as coisas que acontecem no dia a dia, coisas que enfrentamos em nossa caminhada de vida, "abaixo do sol". Ele tem sim a ideia do "espiritual", já que se for para observar apenas do ponto de vista humano, tudo seria vaidade. Mas, para quem não acredita em "algo mais" que apenas os dias que vivemos por aqui, se realmente tudo acaba aqui e não há o que se esperar para depois da morte, então tudo é vaidade...

Dessa forma, guarde essa informação, pois ela é importante para entender Eclesiastes, pelo menos do nosso ponto de vista: O "pregador" está questionando o que se pode esperar de tudo o que se vive nos dias que estamos nesta "carne", se tudo se consome aqui, se não há esperança para o futuro, para o espiritual. Se tudo se encerra com esta experiência "na carne", "abaixo do sol", tudo o que fazemos é vaidade, não há nada para se aproveitar do trabalho ou de qualquer coisa que se faça, pois não se tem certeza do tempo que poderemos viver e aproveitar essas coisas. Enquanto "guardamos" para aproveitar, não estamos de fato "aproveitando" e depois, nunca sabemos quando realmente vamos aproveitar, nem mesmo como, pois os planos podem ser frustrados com qualquer coisa que pode acontecer a qualquer momento.

Assim, se o que temos como "esperança" é o que vivemos "na carne", tudo o que vivemos é vaidade, esperança vã, que pode nem se confirmar. Esse, para nós, é o ponto central de Eclesiastes: se olhamos apenas para estes dias que vivemos, tudo o que fazemos é vaidade. Sem outra esperança, não há outra observação: tudo é vaidade. Mas nós temos sim outra esperança, no Senhor!


Logo, entendemos, o livro de Eclesiastes serve como base para uma conversa com pessoas que não acreditam em nada além do que vivemos aqui. Do que se vive aqui, tudo é vaidade. Se não há nada além dos nossos dias, tudo o que se vive é vaidade, não acrescenta nada, tem uma esperança em algo que pode nem se confirmar... O livro serve para essa conversa ou "terminar" em que tudo é mesmo vaidade, se a pessoa continuar não acreditando que existe algo mais, ou para "evoluir" a conversa para a verdadeira esperança, eterna, no Senhor. Os argumentos apresentados no livro podem sim levar a pessoa que não acredita em "algo mais" que estes dias a ter que assumir que tudo é vaidade. Estes dias apenas, é vaidade... mas cremos em muito mais que "estes dias"... Se for para ficar com a conversa apenas "em nossos dias", tudo é vaidade...

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor