sexta-feira, 25 de abril de 2014

Uma professora chamada formiga


Graça, Paz e Alegria!

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Certa vez, um homem viu uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.

A formiga a carregava  com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo a formiga cair também. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.

O homem a observou e acompanhou, até aonde aquela formiguinha conseguiria levar sua folha. Logo a formiguinha chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.

Foi quando aquele homem pensou: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento! Coitada!”. Mera  ilusão. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha.
 
Foi aí que o homem pensou: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Passado alguns minutos, para a surpresa daquele homem saíram do buraco outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.

Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços que rapidamente foram levados para dentro do buraco.

Imediatamente, o homem começou a refletir sobre suas experiências, de quantas vezes, ele havia desanimado diante do tamanho das tarefas ou dificuldades.

Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Isto fez com que aquele homem transformasse aquela reflexão em oração ao Senhor. Ele orou:

- Senhor, dá-me a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia a dia. Dá-me a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Dá-me a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Dá-me a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário. Dá-me a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 22 de abril de 2014

TESTEMUNHO DO ESPÍRITO (7)

Graça, Paz e Alegria!

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Datando a epístola

Para datarmos a epístola aos gálatas é necessário ter em mente o problema da localização da Galácia. 

Se a escolha da localização da Galácia for aquela que LOHSE chama de teoria Sul Galática, a epístola teria sido escrita durante a segunda viagem de Paulo. Concordamos com estudiosos CHAMPLIN que acena com esta hipótese. E temos que Paulo, após escrever a Carta aos Gálatas, subiu para Jerusalém, para a realização do Concílio citado em Atos dos Apóstolos 15.

“É provável que nenhuma seção de Atos dos Apóstolos tenha levantado tanta controvérsia como esta, nem levado a tantas reconstruções históricas diferentes da mesma situação” (MARSHALL, I. H. Atos – Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão: São Paulo, 1982, p. 231). E não temos a ilusão de sanar todas as dúvidas levantadas por tão brilhantes estudiosos da Bíblia ao longo dos anos! Apenas queremos apresentar uma “via” de interpretação para tal texto, entre tantas que são apresentadas, sempre com pontos favoráveis e contrários. Não em relação ao texto em si, mas quanto a sua posição histórica!

Levando isso em consideração, precisamos tentar “datar” o texto. Não necessariamente dizer o ano que o evento aconteceu, mas tentar localizar o mesmo diante da comparação com outros textos. Os estudiosos tentam harmonizar a data do “Concílio em Jerusalém” de Atos dos Apóstolos 15 com o texto da carta de Paulo aos Gálatas. Comparando as “idas de Paulo” até Jerusalém do texto de Gálatas com Atos dos Apóstolos, alguns estudiosos entendem que a visita do capítulo 2 de Gálatas seria essa relatada no capítulo 15 de Atos dos Apóstolos. Mas não vemos dessa forma! Temos outra comparação:

- Atos dos Apóstolos 9.26-30 compara-se com Gálatas 1.18-24 (Gálatas 1.17 pode ser comparado com Atos dos Apóstolos 9.20-25) - aqui Paulo não sobe para Jerusalém com Barnabé, e em Atos dos Apóstolos eles teriam se encontrado por lá;

- Atos dos Apóstolos 11.27-30 e 12.25 compara-se com Gálatas 2.1-10 – isso porque o movimento que tentava definir a necessidade de algumas observações da Lei judaica por parte dos gentios convertidos começa a incentivar essas coisas, entendemos por zelo exagerado, e esse movimento aos poucos ganhou notoriedade, ainda que pudesse ser comentado desde o seu início, ainda sem uma definição que se apresentasse como decisiva (cada um falava o que achava certo).

O texto de Gálatas 2.1-10 nos faz pensar que Pedro seria ainda favorável ao ensino da questão dos da circuncisão (2.8), sendo que em Atos dos Apóstolos 15.1-35 ele é um dos que fala contra essa realidade para os gentios! E Gálatas 2.11-21 ainda faz parecer que tanto Pedro como Tiago (pelo menos, alguns que estariam falando como se fosse em nome dele) seriam ainda favoráveis ao trato dos gentios com base na Lei, citando a questão da circuncisão e o ato de comer com os gentios convertidos.

Assim, parece-nos que a carta de Paulo aos Gálatas foi escrita quando a controvérsia parecia aumentar, mesmo diante da conversão dos gentios e dos relatórios que davam conta do poder de Deus se manifestando na vida dos gentios, mesmo sem esses observarem preceitos da Lei, como os judeus faziam. Parece que num primeiro momento, pelo que lemos em Gálatas, Tiago e Pedro teriam entendido o trabalho missionário de Paulo entre os gentios, mas eles ainda estariam mais entre os judeus. E com mais conversões entre os judeus, esses, ainda apegados a aspectos legalistas e aparentes, queriam que necessariamente os gentios se submetessem aos mesmos ritos para mostrar o devido compromisso com a Palavra. Por mais que alguns achem que não, vemos isso como a questão de “usos e costumes” (ou ainda a obrigatoriedade por uma forma específica de batismo) que parecem definir a questão da salvação e da santidade para alguns irmãos na fé (como se atos externos pudessem ter “força” de salvação), e esses se esquecem que apenas a aparência não resolve nada, e acabam dando mais importância ao que aparece aos olhos humanos, do que o que realmente importa ao Senhor: um coração contrito e quebrantado... E Paulo, vendo que os Gálatas poderiam ceder a essa ideia, segue com sua carta pelo capítulo 3 dizendo que isso não era necessário.

Dessa forma, entendemos que Atos dos Apóstolos 15.1-35 refere-se a uma nova visita de Paulo a Jerusalém, depois dos eventos relatados em Gálatas (e concordam conosco nessa observação MARSHALL, I. H. Atos – Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão: São Paulo, 1982, bem como CHAMPLIN, R. N. O novo Testamento interpretado versículo por versículo. Volume III Atos – Romanos. MILENIUM Distribuidora Cultura Ltda: São Paulo, 1982). Até porque no texto de Gálatas, parece que alguns estão falando “como se em nome de Tiago”, e no texto de Atos dos Apóstolos 15.24 deixa claro que Tiago não tinha enviado ninguém para falar sobre o assunto: “Portanto ouvimos que alguns dentre nós, aos quais nada mandamos, vos têm perturbado com palavras, confundindo as vossas almas”.

Essa decisão, segundo MARSHALL (MARSHALL, I. H. Atos – Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão: São Paulo, 1982.) ou ainda CHAMPLIN (CHAMPLIN, R. N. O novo Testamento interpretado versículo por versículo. Volume III Atos – Romanos. MILENIUM Distribuidora Cultura Ltda: São Paulo, 1982.) ainda carece de, pelo menos, uma resposta: Por que os Gálatas não são citados entre os que deveriam receber a carta? Atos dos Apóstolos 15.23 cita Antioquia, Síria e Cicília como destinatários imediatos. Acreditamos que de acordo com a necessidade, outros locais devem ter recebido essa carta, até que o texto de Atos dos Apóstolos tivesse maior circulação. Entendemos que essa questão se responde com a seguinte situação:

"Gálatas é a única carta que Paulo endereçou especialmente a uma grupo de Igrejas. A Galácia não era uma cidade, mas uma região da Ásia Menor, que incluía várias cidades. Seu nome originou-se no Séc. III a. C., quando uma tribo de pessoas da Gália migrou para o local. No séc. I d. C. , o termo 'Galácia' era usado geograficamente para indicar a região centro-norte da Ásia Menor, onde os gálios tinha se estabelecido. Politicamente, designava a província romana na parte centro-sul da Ásia Menor. Paulo enviou esta carta para as igrejas na província da Galácia, uma área que incluía as cidades de Antioquia, Icônia, Listra e Derbe" - conferir http://www.compartilhandonaweb.com.br/Compartilhando/Portuguese/Meditacoes/2007/01-janeiro/150107.html - O texto do site ainda é amplamente apresentado por CHAMPLIN, R. N. O novo Testamento interpretado versículo por versículo. Volume IV – 1 Coríntios – Efésios. MILENIUM Distribuidora Cultura Ltda: São Paulo, 1982.

Dessa forma, os “Gálatas” estariam sim incluídos no envio original da carta com a decisão do Concílio de Jerusalém. E isso, para nós, é suficiente para o entendimento que o Concílio de Jerusalém, relatado em Atos dos Apóstolos 15.1-35 está inserido, historicamente, entre a Carta de Paulo aos Gálatas e o início da Segunda Viagem Missionária de Paulo, registrada (o seu início) em Atos dos Apóstolos 15.36-41.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A ORAÇÃO DE JABEZ (10) - (Uma Virada Radical!)

Graça, Paz e Alegria!

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Pr. Edemar Vitorino


I Crônicas 4:9-10; 38

“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz.
Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.
...estes, registrados por seus nomes, foram príncipes nas suas famílias; e as famílias de seus pais se multiplicaram abundantemente.”


INTRODUÇÃO

Há situações na vida - de sofrimento, dor, provações - que parecem ser definitivas... São quadros que parecem que nunca vão mudar... 

As reações das pessoas diferem nestas situações. Há aqueles que se acomodam, suportando o pesado fardo; outros além de suportar, ainda realimentam o sofrimento! Mas há também aqueles que reagem!

A Bíblia fala de um homem que nasceu marcado pela dor, e fadado a sofrer, que não se acomodou. Através da fé em Deus, e por meio da oração, Deu uma virada radical na sua vida... Seu nome é JABEZ!


I) QUEM ERA “JABEZ”

Da tribo de Judá. 

Significado do seu nome = "SOFRIMENTO" - porque foi gerado com muitas dores...

Tinha outros irmãos.

Naqueles tempos ao se dar nome a um recém-nascido, não se escolhia simplesmente o nome mais bonito, procurava-se um sentido, um significado para o nome que se ia dar... Assim, os nomes próprios tinham significado, e de um modo geral todos conheciam os significados dos nomes uns dos outros.  De tal forma isto estava entranhado na cultura daquele tempo que, ao se pronunciar o nome de alguém, estava vivo na memória o significado daquele nome. Desta forma, Jabez tinha a triste sina de ter que carregar consigo a marca do sofrimento, durante toda a sua vida, e por onde quer que fosse.


II) JABEZ DEU UMA VIRADA RADICAL NA SUA VIDA

1. Creu no Deus Vivo e Verdadeiro; 

2. Invocou a Deus;

3. Reconheceu a sua necessidade, e que somente através da bênção de Deus a sua vida poderia mudar; pediu a Deus que o abençoasse:  "Oh! Que me abençoes"!

4. Ele orou por sí próprio! Fez uma oração sincera, cheia de fé!

Ele não foi procurar ninguém para orar por ele, ou profetizar sobre a sua vida. Ele mesmo orou pelo seu próprio problema! Você pode fazer o mesmo hoje! Você pode e deve falar diretamente com Deus em oração. Antes de pedir a outras pessoas que o auxiliem em oração, seja você o primeiro a orar pelo seu problema!


III) OS TRÊS PEDIDOS QUE JABEZ FEZ A DEUS

1. QUE ME ALARGUES AS FRONTEIRAS

Jabez demonstra que não está disposto a ficar preso à preconceitos, medos, amarras, limites; confia que, com a bênção de Deus, poderá avançar, sair do seu "mundinho" para ser um desbravador, conquistador, empreendedor, e ir além das fronteiras do seu país, partir para conquistar o mundo!

Jabez foi sábio. Ele não se aventurou e nem se arriscou a tentar dar a grande virada da sua vida sozinho... Ele se lembrou do Deus de Israel, e não hesitou em buscar em Deus a bênção para a sua vida!


2. QUE SEJA COMIGO A TUA MÃO

Um hino dos antigos hinários evangélicos muito entoado no passado diz assim:

"Com Tua mão, segura bem a minha
Pois eu tão frágil sou, ó Salvador...
Que não me atrevo, a dar jamais um passo,
Sem Teu amparo, Cristo Meu Senhor!"

Jabez buscou a proteção divina para o seu caminhar. A poderosa "Mão de Deus" traz unção, abrigo, proteção, e abre portas...


3. QUE ME LIVRES DO MAL

Não é sábio subestimar os perigos que existem ao redor... 

O mal existe!

O Tentador existe, e vive ao nosso derredor, rugindo como Leão, querendo nos tragar!

E há também pessoas más pelo caminho, infelizmente!

Ao reconhecer o perigo ao redor devemos reconhecer ainda mais o quanto dependemos de Deus para nos proteger e guardar. Jabez foi muito sábio!


CONCLUSÃO

Deus concedeu a Jabez tudo o que ele pediu em oração!

Ele foi PRÍNCIPE entre os seus irmãos (v.38)

Jabez foi feliz!

Jabez deu um basta ao sofrimento ! Mandou fora o mal, a derrota e o fracasso!

Através da sua fé em Deus, e, a partir de uma oração, Jabez deu uma virada radical na sua vida!


Aprendemos com a história de Jabez...

1. Que não devemos aceitar e nos conformar a situações de sofrimento, dor e miséria. Podemos e devemos mudar a nossa sorte, através da fé em Deus, e por meio da oração;

2. Que devemos reconhecer que necessitamos da bênção de Deus para a nossa vida, e nos dirigir diretamente a Ele, suplicando: "Oh! Que me abençoes"!

3. Que devemos lançar fora todo medo e "amarras", ter espírito de luta e de conquista, e estar dispostos a ir além, ultrapassar barreiras, romper fronteiras... Podemos e devemos pedir isto a Deus!

4. Que não podemos nos aventurar a dar nenhum só passo sem a direção de Deus. Devemos orar diariamente: "Que seja comigo a Tua mão"!

5. E que devemos ser cautelosos, prudentes, vigilantes, para não cairmos nas astutas ciladas de Satanás. Devemos orar sempre "Que me livres do mal"!

Você pode hoje dar uma virada radical na sua vida também! Faça como Jabez, reconheça hoje a sua necessidade, invoque o "Deus de Israel", e faça o seu pedido em oração, de forma simples, objetiva, direta. Assim como Deus ouviu e atendeu a JABEZ, Ele também atenderá ao clamor do seu coração.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Deus caminha conosco

Graça, Paz e Alegria!

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Era uma vez uma menina que decidiu tomar um atalho da escola para casa. O caminho mais rápido para a casa dela era um beco. 

A menina aproximou-se da entrada do beco. Ela viu um homem parado como se ele estivesse esperando por alguém. 

Ela fez uma oração: "Querido Deus, por favor, me leve por esse beco, segura e ilesa. Amém."

A menina caminhava pelo beco e passou do homem. 

Mais tarde naquela noite, a menina decidiu assistir ao noticiário. Ela viu que o homem tinha assassinado e estuprado uma jovem. 

A polícia disse que o homem lhes disse que outra menina havia passado pelo beco 10 minutos antes. 

Eles lhe perguntaram a razão para ele não atacar a primeira menina. Ele disse que havia um homem caminhando ao lado dela... 

Deus caminha conosco. Negamos Sua presença, mas Ele está sempre lá.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Conhecer para testemunhar, viver e suportar...

Graça, Paz e Alegria!

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2 Timóteo 2.1-13

1 Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus;
2 e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
3 Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus.
4 Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.
5 E também se um atleta lutar nos jogos públicos, não será coroado se não lutar legitimamente.
6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos.
7 Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo.
8 Lembra-te de Jesus Cristo, ressurgido dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho,
9 pelo qual sofro a ponto de ser preso como malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa.
10 Por isso, tudo suporto por amor dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que há em Cristo Jesus com glória eterna.
11 Fiel é esta palavra: Se, pois, já morremos com ele, também com ele viveremos;
12 se perseveramos, com ele também reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;
13 se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo.

Neste texto, que apresenta inicialmente o convite para o discipulado, vemos Paulo dando algumas instruções para Timóteo. E precisamos observar se tais instruções não são dadas também para cada um de nós!

Entendo, sinceramente, que o Espírito Santo dá o dom a cada um, muito mais que apenas para agir na comunidade de fé e na obra do Evangelho de forma direta, mas também indo na direção da sociedade que deve ser impactada com o testemunho e o anúncio da Mensagem do Evangelho que temos para fazer em cada ação que realizamos. Desde abrir a Bíblia e ler até o mais amplo ato de solidariedade humana, mesmo sem falar nada da Bíblia, cada uma das nossas atitudes precisa sim ter esse compromisso com a Mensagem do Senhor!

Por isso entendo que a Política precisa sim ser discutida e pensada. Por isso entendo que cada atitude nossa no trânsito, na fila do banco, no "troco a mais", absolutamente tudo, precisa ter como principal interesse a demonstração na prática da mesma Mensagem. Sempre que possível, no máximo possível, principalmente no que depender de nós. Algumas vezes deixaremos o testemunho porque "perdemos a linha" mesmo. Nesses momentos, devemos mudar o caminho, nos confrontar e alterar a história, indo na direção do testemunho que não foi dado, para dá-lo agora. Assumir a sua culpa, seu erro e ir na direção do ajuste necessário para dar o verdadeiro testemunho. Agora, há momentos que não depende de nós isso. Nesse caso, o que temos que fazer é orar e estar sempre prontos para que haja mudança no caso, aproveitando a oportunidade que o Senhor permita, sempre respeitando o espaço do outro, caso o outro não queira isso - por isso o "no que depender de nós"...

Não devemos aprender a Mensagem do Senhor para vivê-la apenas quando estamos na Igreja ou na frente de outras pessoas que acreditam na mesma coisa, ou ainda em alguns momentos na frente de outros, para dar testemunho apenas em alguns momentos... Aprendemos para viver nas coisas do dia a dia! Indo para o trabalho, no próprio emprego, onde estudamos, nos lugares que frequentamos, na praia... enfim... em cada lugar que o Senhor nos permitir ir!

Acontece que há coisas que alguns farão com mais aptidão que outros. É a manifestação do Dom do Espírito! Se fizermos buscando o Reino de Deus em primeiro lugar, sempre encontraremos a melhor forma de agir mesmo na sociedade, sem o compromisso com o erro, mas querendo a apresentação da verdade e entendendo que o melhor poderá vir quando buscarmos de acordo com o desejo do Senhor, que é muito melhor que o desejo humano.

Meu dom principal é este: escrever e falar das coisas do Senhor. Também posso cantar em alguns momentos, esse já foi o principal antes, mas hoje a responsabilidade maior, entendo, está no que escrevo e falo sobre a Mensagem do Evangelho. E mesmo que na sociedade tenhamos que conversar sobre os mais variados assuntos, é buscando a conciliação entre a Palavra e o que acontece que estarei me apresentando.

E você? Qual o seu dom, o seu talento, que pode ser a sua forma de atuação para o devido anúncio da Mensagem? Desde apenas abrir a Bíblia e ler, sem maiores explicações, passando por uma boa limpeza na igreja ou na casa de um irmão que está precisando de ajuda, até até aquilo que você faz profissionalmente, tendo a devida dedicação para a Obra... Pense, ore e execute, mas sempre com o devido conhecimento da Palavra. Fortifica-te na Graça que há em Cristo Jesus. Ouça da própria Palavra, lendo, ouvindo... Busque conhecimento com quem anuncia de fato o que está escrito (para saber isso, é preciso conhecer a Palavra, logo, ler por contra própria, e ter a direção do Espírito Santo). E o que você conhecer, transmite para outras pessoas fiéis e que queiram ensinar a outros. E se dedique na Obra, com seu talento, qualquer que seja, e em todos os lugares que você for. Pratique a Palavra por onde você andar e em cada situação, no máximo possível e sempre no que depender de você. E se em algum momento se afastar da Palavra na prática da vida, volte, faça a reconciliação e siga o ajuste de acordo com a Palavra! Testemunhe por onde andar, não só com o recitar da Mensagem, mas por viver essa Mensagem.

A partir de viver essa realidade, você poderá experimentar primeiro dos frutos do trabalho. Não quer dizer "ausência de problemas", mas a certeza que o Senhor está no controle e, mesmo diante da maior dificuldade, ainda assim experimentar a paz que está acima de todo entendimento humano! Mesmo quando parece que não tem como estar em paz, estamos - essa é a paz que está além do entendimento humano; aquela onde nada está errado, o ser humano entende... Mas isso é história para outra meditação, permitindo o Senhor, em outro momento...

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 8 de abril de 2014

TESTEMUNHO DO ESPÍRITO (6)

Graça, Paz e Alegria!

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Autoria e autenticidade do texto de Gálatas

A epístola de Gálatas é reconhecida como de punho paulino. Estudiosos como KÜMMEL reconhecem sua autenticidade, em sua Introdução ao Novo Testamento ele afirma: “é indiscutível que a Epístola  aos gálatas constitui uma epístola real e genuína” (KÜMMEL,W.G. Introdução ao Novo Testamento. Paulinas: São Paulos, 1982, p. 395). Além disso, toda a crítica de estudiosos da Bíblia concorda que “existem quatro epístolas paulinas clássicas, - entre aquelas que chegaram até o nosso conhecimento, havendo acerca das mesmas pouquíssima desarmonia entre os estudiosos” (CHAMPLIN, R. N. O novo Testamento interpretado versículo por versículo. Volume IV: 1 Coríntios - Efésios. MILENIUM Distribuidora Cultura Ltda: São Paulo, 1982, p. 1). As quatro cartas que pouco trazem controvérsia quanto a autoria para os estudiosos são: 1 e 2 Coríntios, Gálatas e Romanos. Ampla maioria de estudiosos entende a autoria como de Paulo.

Permitindo o Senhor, retomamos com mais observações na próxima semana a respeito do texto de Gálatas que é o motivador desta mensagem.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 1 de abril de 2014

TESTEMUNHO DO ESPÍRITO (5)

Graça, Paz e Alegria!

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O texto - Gálatas 5.13-26

Delimitação do texto

Delimitamos o texto no qual estamos meditando da seguinte maneira: 

- O contexto maior: 5.13 - 6.10 (recomendo a leitura dessa sequência do texto); 
- O contexto menor: 5.13-26, sendo este o texto que nos motiva em nossa atual meditação sobre o Testemunho do Espírito, através da Liberdade em Cristo. Assim sendo trazemos uma versão do texto do nosso contexto menor (que está no Compartilhando Na Web - http://www.compartilhandonaweb.com.br/Compartilhando/Biblia/Portuguese/NT/galatas.html#5):

13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros.
14 Pois toda a lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros.
16 Digo, porém: Andai pelo Espírito e não haveis de cumprir a cobiça da carne.
17 Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia,
20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos,
21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.
22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.
23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

O contexto maior começa com Paulo exprimindo sua ideia sobre a liberdade e ela não pode ser pretexto para satisfazer ou servir a carne sendo toda a lei contida numa só palavra: Amarás a teu próximo como a ti mesmo - citando Levítico 19.18 e confirmando algo dito por Jesus, mas que naquele momento dificilmente poderia ser confirmado por um texto dos Evangelhos, pois os mesmos, segundo a exegese, foram escritos bem depois. Talvez houvesse citação de algum texto ainda sendo escrito ou alguma fonte que os Evangelistas utilizaram, mas como não temos acesso ao texto de forma clara e convicta, ficamos apenas com a citação de Levítico como sendo a fonte que Paulo usou, além, claro, de versões orais da Mensagem de Jesus.

E o caminho para a caridade é ser conduzido pelo Espírito para não agradar os desejos da carne. 

O contexto menor está intimamente ligada ao tema da liberdade. Paulo continua advertindo os cristãos a preservarem a liberdade em face da lei. A liberdade deve ser resguardada mediante a obediência ao Espírito, confirmando esse Testemunho do Espírito.

Coesão  e estrutura
A perícope (porção) que estamos estudando se apresenta como um texto coeso, tendo no v.14 a citação de parte do texto de Levítico 19.18. Mas reportar-se ao Antigo Testamento é algo que Paulo faz com frequência no decorrer da epístola aos Gálatas, mas quando faz isto ele parece fazer uma releitura dos textos, o que nos faz pensar na ideia dos primeiros textos que serviram de fonte para os Evangelhos ou a tradição oral que já era passada de pessoa para pessoa na pregação, sendo que Paulo pode ter tido acesso a esses textos, mas principalmente a muitas pregações em seus dias. 

Temos exemplo disto na história de Sara e Hagar que Paulo faz uma leitura alegórica (Gálatas 4.21-31). Os versículos 22-24a destes textos afirma:

22 Mas está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava, e outro da livre. 
23 Mas o da escrava nasceu segundo a carne, o da livre, mediante a promessa. 
24 Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças;

Permitindo o Senhor, retomamos com mais observações na próxima semana a respeito do texto de Gálatas que é o motivador desta mensagem.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor