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Comentando sobre o texto de Gálatas
Ataques a Paulo e a sua Autoridade Apostólica
A carta aos Gálatas começa de um modo desabrido (em especial, avaliando a partir do versículo 6 já do primeiro capítulo), quando geralmente o inicio de suas cartas é de agradecimento a Deus pelos progressos da fé e do ágape entre os fiéis (1 Tessalonicenses 1.2ss; 1 Coríntios 1.14).
A origem desta carta deve-se à um ataque feito a Paulo no qual colocam em dúvida seu apostolado e ensino. CULLMANN afirma que “Paulo insiste sobre o fato de que ele recebeu o evangelho da parte de Cristo, e, sem o intermédio de uma transmissão humana, o apostolado, função única, excluindo qualquer transmissão de homem a homem” (CULLMANN,O.A Formação do Novo Testamento, São Leopoldo, Sinodal,1984, p. 56).
Paulo utiliza-se da carta para alertar os gálatas sobre pessoas que vindas de fora perturbavam a ordem das igrejas corrompendo o evangelho (1.7). Estas pessoas diziam que “Paulo não era um apóstolo na verdadeira acepção da palavra. Como não tinha sido reconhecido pelos primitivos apóstolos em Jerusalém, não tinha o direito de dar diretrizes aos novos cristãos, e nem deviam estes dar atenção ao que ele dizia” (DRANE, J. Paulo. p. 52).
Encontramos resposta a estas acusações em Gálatas 2.7-10:
7 antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão
8 (porque aquele que operou a favor de Pedro para o apostolado da circuncisão, operou também a meu favor para com os gentios),
9 e quando conheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas e João, que pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;
10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com diligência.
Permitindo o Senhor, retomamos o assunto em outra mensagem.
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