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Graça X Lei
Paulo apela para que os Gálatas olhem para sua própria experiência, pois eles haviam recebido o Espírito Santo pela pregação da fé e não pelas obras da carne. Chama de “insensatos que, tendo começado no Espírito, estavam agora se aperfeiçoando na carne” (Gálatas 3.3). Nesse caso, “carne” não era apenas a questão do pecado, mas a preocupação com a aparência, com o que é visto diante das pessoas. Os judaizantes afirmavam que para se fazer parte do reino messiânico que fora dado a Abraão era necessário obedecer a lei e praticar a circuncisão – atos físicos, de aparência, para todos poderem ver e testemunhar.
Mas Paulo se contrapõe aos judaizantes, declarando que Abraão foi justificado não por causa da lei, mas porque creu em Deus e vai além afirmando: “que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gálatas 3.7).
Paulo afirma também em Gl 3.10-14:
10 Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.11 É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus, porque: O justo viverá da fé;
12 ora, a lei não é da fé, mas: O que fizer estas coisas, por elas viverá.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
14 para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espírito.
Segundo Paulo, a lei serviu para ensinar que por nossos esforços nada conseguiremos, e que a graça de Deus, em Jesus Cristo, é imprescindível para sermos justificados por Deus. Portanto, a lei só deveria vigorar (no que diz respeito ao viver corretamente para conquistar a salvação) até que Cristo viesse. Depois disso, era questão histórica, com observação apenas de alguns dos aspectos (os que não trouxessem prejuízo para a vida debaixo da Graça) e para afirmar a Nação Judaica, e não mais uma busca pela salvação, pois essa é dada em Jesus, por Graça.
Kümmel registra que:
"Para Paulo, que antes fora judeu, a lei é o poder que impõe aos homens a vontade de Deus. Por isso Paulo considera todo o tempo até a vinda de Cristo como o tempo da lei (Gl 3.23). No entanto, o cristão Paulo foi levado a reconhecer que a lei mantém o homem numa prisão, desperta nele paixões pecaminosas ou o induz a auto justificar-se perante Deus. Em ambos os casos, transforma-o em escravo que tem de servir aos elementos do mundo (Gl 3.23; 4.3-5.9)" - Kümmel,W.G. Síntese Teológica do Novo Testamento, p.217.
Os judaizantes apresentam prova a partir das escrituras, dizendo que os cristãos-gentios deviam observar a lei (que Jesus deixa claro que não veio revogar, mas cumprir e em toda a história do Antigo Testamento se tem entendimento que a Lei é que permite a salvação, por obediência ao desejo do Senhor), mas Paulo mostra claramente que para os cristãos não há necessidade da observância da lei e da circuncisão, pois o que liberta o cristão é a sua fé em Jesus Cristo; caso se deixassem circuncidar, além de terem de observar toda a lei (5.3), estariam de certa forma dizendo que Cristo nada fez por eles (5.2), e que a liberdade que Cristo traz é claramente incompatível com o jugo da escravidão (5.1), trazido pela lei, nessa interpretação de Paulo no tocante ao aspecto de Salvação, não no que diz respeito à história ou ao nacionalismo judeu.
A liberdade pregada por Paulo não consentia ao cristão(ã) ser libertino(a), mas que servissem as demais pessoas em amor (5.13).
Permitindo o Senhor, retomamos o assunto em outra mensagem.
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